Especialistas alertam para a ameaça dos conteúdos violentos dirigidos a crianças e jovens nas redes sociais e aplicativos de internet, destacando a necessidade de investimentos em saúde mental e políticas públicas eficazes.
Especialistas destacam o perigo dos conteúdos violentos
Especialistas alertaram em um seminário sobre Direitos Humanos na Câmara dos Deputados para a crescente presença de conteúdos violentos direcionados a crianças e adolescentes nas plataformas digitais, como redes sociais e aplicativos. A representante do instituto de prevenção ao suicídio Vita Alere, Karen Scavacinim, apontou a existência de grupos que disseminam conteúdos nocivos, incluindo aliciamento sexual, discursos de ódio e outros comportamentos prejudiciais. Segundo ela, essa realidade já impacta a saúde mental dos jovens, resultando em números alarmantes de suicídios. Ela enfatizou a importância de investimentos em pesquisas e tecnologia para embasar políticas eficazes. Ana Cifali, da secretaria-executiva do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), apresentou uma pesquisa revelando que grande parte dos jovens já foi exposta a conteúdos violentos ou discriminatórios nas plataformas digitais, com consequências negativas no comportamento. Empresas como Meta, Tik Tok e Roblox foram convocadas para o debate, mas não enviaram representantes, levantando preocupações sobre a segurança online dos jovens. Mesmo com investimentos em segurança, a Discord foi apontada como um ambiente propício para criminosos virtuais. A chefe de políticas públicas da empresa, Kate Sheerin, destacou as medidas adotadas para garantir um ambiente mais seguro, como filtros de conteúdo sensível e o trabalho em parceria com autoridades brasileiras. No YouTube, a gerente de políticas governamentais, Erika Alvarez, assegurou que a plataforma prioriza a proteção da juventude, removendo conteúdos inadequados e incentivando a supervisão dos pais. A importância da supervisão parental foi ressaltada pela diretora de relações institucionais do Conselho Digital, Roberta Jacarandá, que destacou a necessidade de educar as famílias sobre os perigos online. No campo legislativo, iniciativas como o Projeto de Lei 2628/22 buscam regulamentar a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, com o objetivo de tornar a internet um espaço mais seguro e responsável.
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Fonte: camara.leg.br