Vereador Nixon (PL) faz pronunciamento na Câmara Municipal abordando a relação entre fé e política no contexto brasileiro, destacando o uso de símbolos religiosos em discurso sobre atos anti-democráticos.
Discurso do vereador Nixon (PL) sobre fé e política
Na sessão de segunda-feira (15), o vereador Nixon (PL) utilizou nove minutos do tempo dos partidos para expor seu entendimento sobre os atos anti-democráticos ocorridos em 8 de janeiro. Durante a fala, o parlamentar segurou um rosário em uma mão, mencionando a participação da comunidade católica, e uma Bíblia na outra, para ilustrar a atuação da comunidade evangélica. Em gesto simbólico, levantou ambos os objetos e disse: “Eu gostaria de falar das armas utilizadas nesse golpe do 08 de janeiro… Não tinha fuzil, não tinha revólver, não tinha pistola, não tinha um exército acompanhando… e um presidente que foi condenado que estava fora do Brasil. Mas as armas que eles tinham nas mãos eram instrumentos da fé cristã (…)” O vereador, em alguns momentos, referiu-se às pessoas condenadas na Ação Penal 2668 (08/01) como injustiçadas e utilizou versículos da Bíblia para embasar sua fala maniqueísta, uma estrutura de pensamento que divide tudo entre “bem” e “mal”, aliados e inimigos, caracterizada por visões polarizadas e simplistas.
Essa prática reflete o contexto sócio-político brasileiro, onde religião e política se entrelaçam. A mistura entre política e fé revela como crenças religiosas podem ser instrumentalizadas em disputas por poder, enquanto em países desenvolvidos, há maior clareza sobre o papel das instituições públicas e da fé na vida do indivíduo.
Países como os Estados Unidos e o Japão têm legislações que buscam separar religião e Estado, impedindo interferências religiosas na política.
Fonte: scempauta.com.br