Descubra a possível relação entre a ingestão de proteína animal e a obesidade com base na pesquisa da UFSC. Saiba como a diminuição na ingestão de proteínas animais pode reduzir a chance de sobrepeso/obesidade em diferentes faixas etárias.
Uma nova revisão conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina indicou uma possível relação entre a ingestão de proteína animal e a obesidade, destacando uma associação significativa entre os dois fatores. O estudo publicado no periódico Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases faz parte do pós-doutorado da pesquisadora Liliana Paula Bricarello, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC. Segundo a pesquisadora, a diminuição na ingestão de proteínas animais pode reduzir a chance de sobrepeso/obesidade em diversas faixas etárias, inclusive adolescentes.
Associação entre proteína animal e obesidade
Liliana destaca que a ingestão de proteína animal, combinada com proteína vegetal, pode estar relacionada a uma menor chance de obesidade abdominal entre adolescentes. O estudo, financiado pela Fapesc, analisou dados do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes, envolvendo uma amostra representativa de 74.589 adolescentes de 12 a 17 anos de todo o Brasil.
Evidências e recomendações
O estudo reforça a importância de padrões alimentares com ênfase em alimentos de origem vegetal e consumo limitado de produtos de origem animal para a saúde humana e sustentabilidade planetária. A pesquisa também buscou sintetizar a relação entre ingestão de proteína animal e sobrepeso/obesidade em diferentes faixas etárias, reunindo evidências de 14 pesquisas ao redor do mundo.
Recomendações da Comissão EAT Lancet
Segundo Liliana, a Comissão EAT Lancet recomenda uma dieta global baseada em alimentos de origem vegetal, com moderações no consumo de alimentos de origem animal. Essa abordagem visa promover dietas saudáveis e sustentáveis para a população mundial. Apesar dos impactos ambientais, os alimentos de origem animal continuam sendo importantes fontes de nutrientes essenciais.
O estudo liderado por Liliana resultou na apresentação de resumos em congressos nacionais e na submissão de um segundo artigo para avaliação na revista Clinical Nutrition.
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Fonte: noticias.ufsc.br