Estudo revela desafios da saúde pública em Santa Catarina
Um estudo da UFSC em colaboração com o Tribunal de Contas de Santa Catarina aponta que 90% dos municípios catarinenses têm menos de um médico por mil habitantes, evidenciando desigualdades no acesso à saúde no estado. Nas regiões metropolitanas, a proporção chega a 12 médicos para cada mil habitantes, enquanto nas cidades do interior a relação é inferior a um profissional, acentuando a vulnerabilidade das populações locais.
Telessaúde como solução
O levantamento destacou a telessaúde como uma alternativa para minimizar os desafios do atendimento médico em áreas carentes de recursos. Com o uso de tecnologias como internet, videoconferências e aplicativos móveis, a telessaúde oferece consultas, diagnósticos, monitoramento e suporte aos profissionais de saúde, contribuindo para um melhor acesso aos serviços.
Impacto da telessaúde nas Unidades Básicas de Saúde
No contexto das Unidades Básicas de Saúde em Santa Catarina, a telessaúde já representa cerca de 20% dos atendimentos diários, o que corresponde a aproximadamente 1.500 consultas por dia. Essa abordagem tem evitado cerca de 900 deslocamentos diários para exames, resultando em uma economia anual estimada em R$ 70 milhões, principalmente em cidades menores, além de contribuir para a redução das filas de atendimento.
Com a crescente disponibilidade de equipamentos acessíveis, a telessaúde vem se consolidando como uma solução eficaz para otimizar os recursos da saúde pública em Santa Catarina. A pesquisa destaca a importância de políticas públicas focadas na democratização do acesso à saúde, utilizando a tecnologia como aliada para enfrentar as disparidades regionais no estado.
Fonte: agorafloripa.com.br