Em debate do novo Plano Nacional de Educação, discute-se o aumento da meta de estudantes no ensino integral. Diretor do MEC pede atenção devido ao ritmo de crescimento das matrículas.
Aumento da meta de ensino integral no PNE
Na comissão especial que analisa o novo Plano Nacional de Educação (PNE), a proposta de elevar o percentual de estudantes da educação básica em tempo integral de 40% para 50% está sendo discutida. A proposta em análise na Câmara dos Deputados visa garantir a oferta de matrículas integrais em, no mínimo, 55% das escolas públicas, com carga horária mínima de 7 horas diárias ou 35 horas semanais, para atender pelo menos 40% dos estudantes até 2034, final do PNE atualmente em vigor.
Pedido de cautela do Ministério da Educação
O diretor de Monitoramento, Avaliação e Manutenção da Educação Básica do Ministério da Educação, Valdoir Wathier, demonstrou preocupação com o ritmo de crescimento das matrículas em tempo integral, considerando-o insustentável para os próximos anos. Ele ressaltou os esforços para atingir a marca de 23% em 2024 e alertou para a necessidade de não criar expectativas além da realidade atual.
Defesa do aumento da meta
Ana Paula Pereira, da Diretoria do Instituto Sonho Grande, defendeu a elevação da meta de matrículas em tempo integral para 50% e do total de escolas integrais para 70%. Ela destacou a importância do ensino em tempo integral no aprendizado, com impactos positivos no desempenho dos estudantes no ensino médio.
Necessidade de recursos e carga horária flexível
Alessio Lima, Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, ressaltou a carência de recursos para custear o pessoal necessário e a alimentação escolar. Ele também enfatizou a importância de uma carga horária flexível, permitindo a distribuição da jornada de forma adaptada às necessidades de cada escola.
Integração de atividades complementares
Sonia Dias, da Fundação Itaú, destacou a integração de arte, cultura, esporte e tecnologia no ensino integral como ferramenta para potencializar o aprendizado. Ela mencionou a desigualdade de horas de aulas entre crianças ricas e pobres e a experiência de Pernambuco com o ensino médio integral, apontando a presença de monitores como prática exitosa.
Por Silvia Mugnatto
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Fonte: camara.leg.br