Descubra como os carros autônomos estão sendo utilizados como testemunhas digitais em investigações criminais nos EUA. Entenda o novo papel desses veículos na resolução de crimes.
Investigação criminal com auxílio de carros autônomos
O Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD) utilizou imagens captadas por um carro autônomo da Waymo como evidência em um caso de atropelamento seguido de fuga. Neste incidente, o veículo envolvido era conduzido por um humano, como revelado pelo 404media. As imagens foram divulgadas no YouTube, marcadas como “Informações Comerciais Confidenciais da Waymo”, com o intuito de solicitar auxílio na identificação do motorista. Esse cenário evidencia o novo papel dos carros autônomos como possíveis “testemunhas digitais” em investigações criminais, uma vez que seus sensores e câmeras registram o ambiente em tempo real.
Diversos departamentos de polícia, incluindo os de São Francisco e do Condado de Maricopa (Arizona), já haviam requisitado imagens da Waymo, assim como registros de veículos Tesla e câmeras Ring. Com a crescente presença da Waymo em Los Angeles, com testes também em rodovias, o número de robotáxis e, consequentemente, câmeras de vigilância móveis, está em expansão. A polícia de LA já utilizou imagens de outros dispositivos autônomos, como robôs de entrega, em suas investigações.
Colaboração e limitações da Waymo
Apesar do interesse policial, a Waymo ressalta que não compartilha dados de forma proativa. A empresa afirma que as informações são liberadas somente mediante ordens legais válidas, como mandados ou intimações, e cada solicitação é cuidadosamente avaliada do ponto de vista jurídico. Caso os pedidos sejam excessivamente amplos, a Waymo pode restringir ou recusar o acesso aos dados. Adicionalmente, a empresa oferece treinamentos presenciais para autoridades e socorristas, já tendo capacitado mais de 18.000 profissionais de 75 agências sobre como lidar com incidentes envolvendo seus veículos. Até o momento, o LAPD não emitiu declarações sobre o caso.
Tags: carrosautonomos, investigacaocriminal
Fonte: olhardigital.com.br
