Entenda os riscos políticos e comerciais da expansão da Starlink no Brasil e a análise da Anatel. Saiba mais sobre a relação entre a Starlink e a soberania digital brasileira.
Starlink no Brasil
A Starlink, fundada por Elon Musk, iniciou suas operações no Brasil em 2022 com o lançamento dos primeiros 4,4 mil satélites. Atualmente, a empresa possui 335 mil usuários, representando 58,6% do mercado nacional. Com o intuito de expandir seus serviços de internet via satélite, a empresa solicitou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a autorização para dobrar o número de satélites em órbita.
Análise da Anatel
A Anatel está avaliando os riscos políticos e comerciais envolvidos nessa expansão. Questões sobre a soberania digital brasileira e a segurança de dados foram levantadas, com destaque para a possibilidade da Starlink operar de forma independente das redes nacionais, colocando em risco a fiscalização da Anatel e o cumprimento das normas do país.
Preocupações e Desafios
O conselheiro Alexandre Freire, relator do processo, destacou a importância estratégica do tema e a necessidade de uma instrução detalhada antes da deliberação. Entre as preocupações está o uso da infraestrutura da Starlink como instrumento de pressão em contextos geopolíticos delicados e o risco de interrupção do serviço no Brasil.
Concorrência e Alternativas
O impasse com a Starlink ocorre em meio a uma aproximação do governo brasileiro com concorrentes da empresa, como a Telesat no Canadá e a SpaceSail da China. Acordos foram firmados para atender regiões remotas do Brasil, visando evitar possíveis interferências na órbita e congestionamentos de sinais de telecomunicações.
Posicionamento e Expectativas
A expectativa é que a Anatel se posicione sobre o tema ainda neste semestre, enquanto a Starlink permanece em silêncio oficial. A relação entre a empresa de Musk e a soberania nacional brasileira continua em destaque, despertando preocupações e análises minuciosas por parte das autoridades competentes.
Fonte: olhardigital.com.br