Descubra os resultados da pesquisa pioneira da UFSC sobre a saúde bucal da população trans atendida pelo SUS em Florianópolis. Discriminação, cáries não tratadas e falta de políticas públicas são alguns dos principais destaques.
UFSC lidera pesquisa nacional sobre saúde bucal da população trans
Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou dados preocupantes sobre a saúde bucal da população transgênero atendida pelo SUS em Florianópolis. A pesquisa Transbucal Brasil visa identificar as condições de saúde bucal das pessoas trans e subsidiar políticas públicas.
Entre os participantes, 70% enfrentaram discriminação ao buscar atendimento odontológico, com 54% abandonando o tratamento devido a esse preconceito. Altos índices de cáries não tratadas, perda dentária e problemas periodontais foram observados, evidenciando a falta de políticas públicas direcionadas a esse público.
Principais Resultados da Pesquisa:
- Impacto na qualidade de vida: 65% dos participantes relataram impactos negativos na saúde bucal em suas atividades diárias.
- Discriminação como barreira: 54% desistiram de tratamento odontológico e 70% sofreram discriminação em serviços de saúde.
- Hábitos de higiene: 35% não utilizam fio dental regularmente, mesmo escovando os dentes duas vezes ao dia.
- Condições clínicas alarmantes: Média de 4 dentes afetados por pessoa, com altos índices de cáries não tratadas e problemas periodontais.
- Dificuldades de acesso e utilização: Apenas 52% dos participantes foram ao dentista no último ano, enfrentando obstáculos como falta de dinheiro e longas esperas.
A pesquisa Transbucal Brasil, liderada pela UFSC, busca ampliar o estudo para outras regiões do Brasil, coletando dados em cinco municípios. A iniciativa visa subsidiar políticas públicas inclusivas e ampliar a oferta de serviços de saúde bucal para a população trans.
Tags: saúdebucal, populaçãotrans
Fonte: noticias.ufsc.br
