A importância de combater as instituições extrativistas
Em outubro deste ano, os economistas Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson receberam o Prêmio Nobel de Economia. Acemoglu é nascido na Turquia e Johnson no Reino Unido. Ambos são pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Já Robinson, também britânico, é da Universidade de Chicago. Acemoglu e Robinson assinam juntos o livro ‘Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza’.
Para a Academia Real das Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio, os ganhadores do Nobel ‘adicionaram uma nova dimensão às explicações anteriores para as diferenças atuais na riqueza dos países ao redor do mundo. Instituições criadas para explorar as massas são ruins para o crescimento de longo prazo, enquanto aquelas que estabelecem liberdades econômicas fundamentais e um Estado de Direito são boas para tal’.
Como os economistas premiados demonstram, as instituições extrativistas, que predominaram ao longo da história brasileira, provocam estagnação econômica, concentração de renda e desigualdade social, refletindo a realidade nacional. Enquanto países desenvolvidos adotaram instituições inclusivas, que promovem o desenvolvimento econômico e social, o Brasil ainda enfrenta desafios decorrentes dos privilégios mantidos por essas instituições extrativistas.
Conforme os estudos dos laureados, instituições inclusivas direcionam esforços para o progresso social e econômico, incentivando o empreendedorismo, a liberdade econômica e a igualdade social, sem favorecer privilégios. Enquanto as instituições extrativistas continuarem a consumir os recursos da sociedade para sustentar vantagens restritas, como orçamentos secretos e subsídios estatais, o país permanecerá sob um cenário de atraso, desigualdade e ineficiência.
Fonte: scempauta.com.br