Cícero Santos: Abertura de Empresas para Entidade de Agricultores – Depoimento na CPMI do INSS

Empresário Cícero Santos depõe na CPMI do INSS

Cícero Santos, ligado à Conafer, admite abertura de empresas a pedido do presidente da entidade. Saiba mais sobre o depoimento na CPMI do INSS e os desvios de recursos investigados.

Depoimento de Cícero Santos na CPMI do INSS

O empresário Cícero Marcelino de Souza Santos, ligado à Conafer, admitiu durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS ter aberto empresas para prestar serviços a pedido do presidente da entidade. Carlos Lopes, presidente da Conafer, foi apontado como responsável por solicitar a abertura das empresas. A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que a Conafer arrecadou aproximadamente R$ 688 milhões através de descontos associativos de trabalhadores rurais e indígenas inativos desde 2019.

Acusações de Desvios de Recursos

O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, contestou a prisão em flagrante de Cícero Santos, alegando que ele teria sido utilizado como laranja para encobrir desvios de recursos destinados a aposentados e pensionistas. Durante o interrogatório, Santos admitiu ter movimentado valores desviados pela Conafer e ter criado diversas empresas a pedido de Carlos Lopes para intermediar repasses suspeitos. O empresário e sua esposa teriam movimentado cerca de R$ 300 milhões da entidade desde 2019.

Pressão por Delação Premiada

Parlamentares pressionaram Cícero Santos para aceitar fazer uma delação premiada e revelar mais informações sobre as atividades da Conafer. No entanto, o empresário alegou não se lembrar de detalhes solicitados e negou envolvimento direto em ações prejudiciais a idosos. A deputada Adriana Ventura acusou a Conafer de atuar como um sindicato fantasma, beneficiando apenas dirigentes e familiares.

Outros Detalhes do Depoimento

Cícero Santos negou ligação com outros investigados, como “Careca do INSS”, e afirmou nunca ter transportado valores indevidos. Ele explicou que seu cargo de “assessor” na Conafer era meramente simbólico, sendo na prática um prestador de serviços. Durante o interrogatório, Santos afirmou não saber que estava sendo utilizado como laranja e defendeu suas atividades como prestação de serviços legítimos.

Reportagem: Tiago Miranda
Edição: Ana Chalub

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Fonte: camara.leg.br

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