Livro ‘Leitura e Cárcere’, fruto de tese da UFSC, destaca desafios da leitura em presídios. Cartas de detentos também foram entregues ao Pontífice, que recebeu obra e mensagens
Entrega ao Papa Leão XIV
O livro ‘Leitura e Cárcere’, de Rossaly Beatriz Chioquetta Lorenset, doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi entregue ao Papa Leão XIV pelo arcebispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, juntamente com três cartas assinadas por 58 detentos do Presídio Regional de Xanxerê (SC) em 1º de julho.
Reflexão sobre a experiência da autora
A obra, resultado da tese de doutorado de Rossaly, revela a experiência da autora durante entrevistas com presos em projeto de extensão de leitura no curso de Direito da Unoesc Xanxerê. A pesquisa aponta para precárias condições de leitura no cárcere, abordando temas como desigualdade social, sistemas de segurança e justiça, e condições dos espaços de privação de liberdade.
O livro também destaca a importância da leitura no ambiente prisional, com relatos de detentos que encontram na leitura um escape ou uma forma de reduzir suas penas.
Cartas dos detentos
Além do livro, o Papa Leão XIV recebeu as três cartas dos 58 detentos de Xanxerê, que expressam esperança na continuidade do legado de paz e justiça deixado pelo Papa Francisco. Os detentos ressaltam a importância da leitura na prisão e o papel essencial da Pastoral Carcerária.
A remição de pena por meio da leitura, regulamentada pela Lei de Execução Penal (LEP), permite a redução do tempo de pena a cada livro lido, evidenciando a relevância deste incentivo no sistema prisional brasileiro.
Conclusão
Rossaly, também autora do livro ‘Língua e Direito: uma relação de nunca acabar’, destaca a disseminação do seu trabalho em eventos acadêmicos e rodas de conversa com presos, mostrando a repercussão positiva e a importância da discussão sobre leitura e direitos no sistema carcerário.
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Fonte: noticias.ufsc.br
