Descubra os impactos dos empreendimentos de aterro de praias em Santa Catarina. Nota técnica da UFSC alerta para aumento do risco de afogamentos e piora na balneabilidade.
Estudo aponta riscos e impactos dos aterros de praias
Em 2023, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) emitiram uma nota técnica destacando que os empreendimentos de aterro de praias no estado não estão cumprindo seus projetos licenciados. O Programa Ecoando Sustentabilidade (PES) alerta que após os aterros, as praias apresentam piora na balneabilidade e aumento do risco de afogamentos. A nota técnica observa que os aterros e outras intervenções vêm se multiplicando em Santa Catarina nos últimos anos, com obras realizadas em praias como Canasvieiras, Ingleses, Jurerê e Balneário Camboriú. O PES também destaca a falta de realização dos programas ambientais condicionantes para as licenças e a utilização de areias diferentes do ambiente original, o que vai contra a legislação.
Necessidade de salvamentos aumenta com aterros
O estudo aponta que as mudanças provocadas pelos aterros podem contribuir para a formação de correntes de retorno e aumentar as taxas de acidentes. Dados levantados junto ao Corpo de Bombeiros mostraram um significativo aumento no número de ocorrências de salvamento em praias aterradas. Por exemplo, locais como Canasvieiras e Balneário Camboriú registraram um aumento expressivo no número de salvamentos após intervenções. Além disso, todas as praias aterradas apresentaram mais amostras impróprias para banho durante e após as obras de aterro.
Reforço na fiscalização e mudanças na legislação são sugeridos
O Programa Ecoando Sustentabilidade aponta a necessidade de um reforço na fiscalização e propõe alterações na Resolução 98/2017 do Consema para garantir a realização de Estudo de Impacto Ambiental em empreendimentos de grande porte.
Tags: AterroDePraias, Balneabilidade
Fonte: noticias.ufsc.br
