Desigualdades sociais e raciais no trabalho por conta própria no Brasil: pesquisa da UFSC
Descubra como as desigualdades de gênero, raça e classe impactam a distribuição de renda no trabalho por conta própria, de acordo com estudo da UFSC em parceria com o MIR e Reafro.
A interseccionalidade das desigualdades no trabalho por conta própria
Um em cada cinco brasileiros ativos no mercado de trabalho atua como empreendedor por conta própria, desempenhando diversas ocupações, desde cabeleireiro até engenheiro. No entanto, apesar de serem todos considerados empreendedores, as desigualdades se revelam de maneira distinta, especialmente para as mulheres negras.
Análise dos dados
Uma pesquisa da UFSC, em colaboração com o Ministério de Igualdade Racial e a Rede Brasil Afroempreendedor, resultou em uma cartilha reveladora. Segundo o estudo, as desigualdades de gênero, raça e classe têm influência direta na distribuição de renda no trabalho autônomo. Mulheres negras, em particular, estão mais presentes nas faixas de renda mais baixas, enquanto homens brancos predominam nas faixas mais altas.
Conclusões impactantes
- Na faixa de renda mais baixa, atividades como costura e beleza são majoritariamente exercidas por mulheres negras.
- As desigualdades raciais se evidenciam em áreas como construção, transporte e engenharia civil, onde homens brancos são maioria.
- A formalização do trabalho por conta própria é mais comum entre pessoas brancas e com maior escolaridade.
Lançamento e repercussão
A pesquisa foi lançada na UFSC, em Florianópolis, em um evento que contou com a presença de autoridades e representantes da sociedade civil. A cartilha, intitulada ‘Desigualdades Sociais no Trabalho por Conta Própria – Análises Interseccionais de Raça, Classe e Gênero’, visa embasar políticas públicas que reduzam as injustiças identificadas.
Tags: DesigualdadeSocial, TrabalhoPorContaPropria
Fonte: noticias.ufsc.br